Hoje tem pão integral no café da manhã, acordei cedo, inspirado, então tá aí, um pão de forma quentinho e outro pão recheado com presunto e queijo. Comer bem no café da manhã é passar o dia todo feliz!
paella II
café com plus
fejuka
A turma do Guilherme e do Felipe curte o quê no domingo? Fejioada!!!
Essa com um toque de casa, só as partes mais nobres, já que os garotos não curtem pé, orelha, focinho e rabo na feijoada deles 😛 mas é a feijoada deles, personalizada, e que eles sempre pedem pra fazer! É bom saber que esta é mais uma recordação nascida na cozinha de casa…
happy food
entrée
um pouco de mim
Minha história na cozinha vem dos anos 80. No ano de 1985 minha mãe (Ruth) decidiu abrir um restaurante em sociedade com a vizinha (tia Kika) – “Refeições Caseiras das Comadres”, vulgo RCC. Esse nome deriva do fato que meus pais são padrinhos de batismo da filha desta vizinha (Daniela), portanto foram as comadres que iniciaram esta empreitada. Tudo ia muito bem e progredindo bastante com o apoio da feliz clientela originária das indústrias dali de perto, a entrega de quentinhas ia de vento em popa, a sala da minha casa já não era suficiente para receber a todos e o faturamento já permitia que os maridos (meu pai Fernando e o tio Toninho) se unissem às esposas no trabalho. Foi aí que a sociedade desandou, os homens divergiam em opinião e as comadres, fieis aos seus esposos acima da amizade que tinham se separaram, a amizade se desfez, cada uma tocou seu próprio restaurante – me desculpem os cavalheiros – mas hoje tenho a impressão de que as mulheres teriam feito uma bela jornada juntas, mesmo com a ajuda dos seus, e a amizade teria se perpetuado. Mas não é esta a história, e sim a que se seguiu.
Foi aí que a família toda resolveu se juntar e ajudar. Eu chegava da escola e ia direto para o restaurante: aos 11 anos de idade entregava quentinhas de skate pela vizinhança. Logo comecei a ajudar na copa, fazia sucos, lavava copos, comecei a anotar os pedidos dos clientes, ajudava a tirar as mesas, me envolvia cada vez mais com a rotina do restaurante.
Lá pelos 13 ou 14 anos de idade comecei a ajudar na cozinha também. Sempre que havia chance ajudava na montagem de saladas, na preparação dos pratos, passei um tempo como chapeiro, ficava até mais tarde ajudando a montar os pratos que exigiam um preparo mais longo – me lembro uma noite em que meus pais e eu ficamos até tarde da noite fazendo panquecas, foram mais de 1000 peças… naquela noite aprendi a virar panqueca no ar!
Entre uma e outra crise econômica meus pais tentavam alguma outra coisa para incrementar o faturamento – foi um american bar por uns anos, uma pizzaria noutros anos; o restaurante seguia firme e a casa abria a noite com uma cara diferente para atrair novos clientes. Nestas oportunidades aprendi outras técnicas para aperitivos, bebidas, massas, recheios e o que mais pudera se fazer numa cozinha. Foram 17 anos neste negócio.
Mas não era isso que eu enxergava para o meu futuro – estudei computação no colégio, engenharia na faculdade, fiz licenciatura em física, construí uma carreira em tecnologia.
Só que as raízes falam uma língua subliminar, a cozinha sempre me chamou de volta, nunca consegui me afastar – o prazer manejando as panelas e as colheres é indescritível. Mais do que isso – servir as pessoas e vê-las se satisfazendo e apreciando a minha comida é sensacional. Um amigo (e compadre) Renê, disse uma vez com grande sabedoria: “os colegas ou amigos eventuais nós recebemos na sala de estar, mas amigos mais valiosos nós recebemos na cozinha“. Por muitas vezes me vi voltando para a vida na cozinha, como as águas de um rio que fora desviado fazendo força para retomar seu curso natural. Quem sabe um dia!?
Hoje estou na cozinha da minha casa – nos finais de semana, nos jantares, nos dias em que consigo conciliar o almoço e o trabalho, tirando lascas de prazer extra profissional, servindo à família e amigos, cozinheiro amador por essência.
bolo bacon
Este bolo se chama “spekkoek” traduzido do holandês quer dizer “bolo bacon”. Isso porque cada fatia do bolo se parece com uma fatia de bacon mesmo, mas na verdade se trata de um bolo de especiarias (canela, cravo, gengibre e nós-moscada) feito camada por camada. Sua origem vem da Indonesia, que foi colonia holandesa, e ganhou popularidade posteriormente neste pais. Rege a tradição que ao se fazer o bolo, para cada camada devemos fazer um voto de coisas boas, e quem se serve deste bolo recebe os votos de quem o preparou. Recebi esta receita do meu Opa (Wilhelm), ele costumava fazer vários destes com minha Oma (Eveline) e presenteava amigos e familiares pelo ano novo. Que cada um de meus amigos receba por aqui uma fatia “virtual” deste bolo, junto com meus votos para o próximo ano!